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27 outubro 2011

Detalhes da Exploração!


Há um mês, escrevi num bloco de notas, pouco depois do queer lisboa ter acabado, que este ano estava a ser um dos melhores da minha vida. E mantenho. Estou mais... solto, à vontade, mais confiante, mais maduro, mais... forte.

Mas todos nós temos as nossas batalhas pessoais e a minha é, sem dúvida, a questão dos meus pais. Esta semana apercebi-me que a minha mãe andava a vasculhar as minhas coisas. Para não gerar conflitos não disse nada, porque, enfim... não havia nada de mais que ela pudesse encontrar, a não ser uma gaveta cheia de preservativos e lubrificantes (homem prevenido vale por 2!).

Claro que me irritou profundamente por ser, a meu ver, uma invasão de privacidade. Não foi a primeira nem vai ser a última até sair de casa...

Mas lá para o meio de umas revistas, foi encontrar uma carta registada, da qual já nem me lembrava. A carta não era importante... mas foi logo pedir à minha prima para ler (não vê bem) e claro, a minha prima contou-me.

Ao que parece, não é uma investigação do género: será que ele fuma, anda na droga?!

Não! Ao que parece, anda ou andou a vasculhar todos os livros, revistas, dvds, gavetas, tudo... à procura de podres. E porque esta é a melhor parte: ela tem os filhos em alta conta, o meu irmão é um drogado e eu... sou explorado por alguém (precisamente, sou uma puta!).

Hoje houve espiga. E isto não ficou assim, porque ela acha que não fez nada de mal e que a minha prima é a má da fita. E mto provavelmente eu fui possuído pelo demo...!

P.S. - Assim sendo, vendo o rabinho. Aceitam-se sugestões! 

Outro P.S. - Se alguém sugerir alguma coisa, leva dois tiros!!

06 outubro 2011

Detalhes do Choque

Quando acabamos uma relação com alguém e as coisas ficam mal, o nosso maior receio é voltar a encontrá-las. Bom eu tive um único namorado e as coisas, como muitos sabem, não acabaram bem. Agora riu-me disso, até lhe dei uma alcunha muito gira.

No passado domingo, era urgente sair de casa e curar a ressaca com muita água e quiçá chá. E lá fui eu. Fui a Loures, mais propriamente ao parque da cidade, para acampar na esplanada e beber o belo do meu chá e da minha água. Na pós-bebedeira ninguém está esbelta como devia estar. E, digamos, que, eu não  excepção. Tive de fazer a barba, estava pálido, com olheiras, meio grogue.

Portanto, vinha eu a rir-me (MUAHAHAHAHAHAH) duma piada qualquer quando o meu olhar cai sobre... nada mais nada menos que o meu Ex. Como ia à frente a rir-me que nem uma diva tive de olhar para trás, aproveitei para desviar o olhar e rir-me para a pessoa que tinha dito a piada. Aproveitei para respirar fundo, voltei a virar-me de frente e segui o meu caminho.

Sabemos que já seguimos em frente quando vimos um ex e não no diz nada. E foi o caso. O meu coração bateu, é verdade. E bateu forte, é verdade. Mas mais pelo medo da reacção. Não sei que imagem distorcida e tosca eu tinha de mim próprio, para ter andado com aquela coisa. Mas sendo ele um gajo das barracas somando ao facto de ser também uma bichinha traveca (sem nada contra as bichas, que adoro!), há que ter medo; muito medo!

Ele despachou a sua companhia tempo suficiente para ir sabe-se lá onde escrever uma mensagem. E pediu à empregada de mesa para a entregar. Estava em com muita sede, desejoso de pedir a minha bebida à empregada quando ela me arrumou logo a um canto, dizendo:

- Antes de mais, pediram-me para lhe entregar uma coisa.

Revirei logo os olhos, em completo choque. A rapariga entregou-me um guardanapo de papel bem embrulhado, o meu coração acelerou (o que honestamente com tudo o que eu tinha bebido na noite passada foi alarmante), fiz o pedido e ela abandonou-nos. Respirei fundo e li a mensagem.

Bom, a mensagem está no lixo, portanto a citação verdadeira está, muito provavelmente, em processo de decomposição. Mas era mais ou menos isto: "olá, como estás? Revi-te e gostei muito =)=) tás muito bonito, cada vez mais. aqui tens o meu nº...(e assinou). gostava de falar contigo para esclarecer as coisas e pelo menos ficarmos amigos".

Eu que estava doente, assoei-me ao papel.