Ontem deram-me a ler um pequeno livro virtual sobre a história de um rapaz brasileiro chamado Flávio, que levava uma vida promiscua. O pequeno livro com não mais do que 17 páginas era intitulado de "Páginas da Vida de um Gay" e como já disser eram apenas os 'Detalhes Eróticos da Vida de um Gay' e uma carta de despedida, triste, da sua mãe (o Flávio morreu atropelado).
Bom, a verdade é que eu não li, apenas li a primeira e a última página. Primeiro porque contos eróticos não são a minha preferência e em segundo porque achei tudo um pouco bronco e rebuscado. Começa com a primeira vez que se masturbou na adolescência e acaba com a despedida da mãe.
Estas duas páginas levantaram-me umas pequenas questões. Elas são:
- Os detalhes da vida de um indivíduo gay são só as suas aventuras e conquistas sexuais? (a mim parecer-me-ia muito mais interessante a história do por que ele não ter contado à mãe que era gay, vindo ela a ter de descobrir ao ler o seu diário após a sua morte; ai se quisesse dar um pouco de verosimilhança à sua história, poderia falar um pouco das suas aventuras)
- Sentimos mesmo de necessidade de partilhas as nossas histórias sexuais com um público virtual? Os detalhes da nossa badalhoquice não deviam manter-se privados ou quiçá à guardas dos nossos amigos mais chegados?
- Não estamos nós cada vez mais superficiais? (a quantidade de homens que levámos para a cama no último fim-de-semana, a quantidade de roupa que comprámos numa hora, o amado que não nos responde há mais de uns dias) Cada vez mais egoístas, egocêntricos e artificiais?
4 comentários:
Revi-me tanto no teu comentário que não resisti a escrever aqui: ORA NEM MAIS! Então e onde é que está a pessoa para além do sexo?
Algures por aí... :)
Concordo inteiramente contigo; eu exponho-me muito no meu blog, a um nível pessoal; mas há aspectos íntimos que são só meus, não são partilháveis...
Precisamente. Ninguém tem de saber as nossas fantasias ! Ninguém fica mais feliz por isso.
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