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31 agosto 2010

Dass...

Fui a Lisboa fazer a m*rda do Lisboa Viva, do Metro. De modos que tive de o fazer com urgência, mas estava uma fila do caraças. Depois tive de voltar atrás porque só levava uma caneta azul e tinha de ser preenchido, expressamente, a preto. Gostava assim de uma grande explicação para isso. 

Depois fui tratar de uma conta bancária que tenho desde que entrei na faculdade mas nunca meti lá um cêntimo, não sei o nib sequer e muito menos o código do multibanco. Fui tratar disso, para o começar a usar e a mulher dá-me um código, mas eu tenho de ir à caixa de multibanco mudá-lo. Dá-me outro código para eu ir ligar para eles e mudar novamente o código e poder activar a minha conta online. Epah... já estava farto dos passos todos. 
Determinado fui à caixa de multibanco deles, mas não deu para fazer a alteração. Fui a outra caixa de multibanco, de modos que depois de mudar o código... fiquei sem cartão, a caixa engoliu-mo e disse que errei no código três vezes. 

E pronto, perdi a vontade toda de voltar a fazer estes passos de novo, até porque agora só posso usar o cartão daqui a dois dias...!

Porquê tanta merda de burocracia?! Na minha primeira conta bancária de outro banco foi uma coisa tão simples e eficaz. Só me apetece mandar pessoas à merda, por hoje.

Aproveito e recomendo dois blogues, um para seguir e amar e o outro para apedrejar (literalmente):

O meu primeiro orgasmo (para seguir e amar)

People Juice (não sei ao certo se é para apedrejar, não sei se é humor se é a sério) =/

Ora bem...

O que um ano na caixa do pingo doce de Loures me ensinou foi a ter muita calma, não ligar ao que os clientes, incrivelmente estúpidos dizem ou pensam e muito menos preocupar-me com certas coisas. Portanto meninas... sou aquele anormal que quando os adorados clientes estão a discutir com ele, se desmancha a rir.

Sábado 28-08

O trabalho perfeito. Os clientes são bem educados, há bom ambiente na loja, os colegas são porreirinhos e de vez em quando vê-se umas coisas engraçadas para o meu alto nível de curiosidade. Senhoras com bigode, pessoas tresloucadas, pessoas escarchadas e pessoas simplesmente estúpidas.

Uma colega minha foi à caixa e eu perguntei:

- Queres saco?
- Oh rapaz, eu não levo no saco eu levo no pacote.

Se eu me rio quando estou a levar nas orelhas dos clientes o que estavam à espera que eu fizesse quando me dizem isto? Fazer xixi na cueca, claro.

Domingo 29-08

Alguma coisa não está bem... mas não vale a pena pensar nisso porque vi finalmente a relação platónica da minha vida. Ou melhor, do dia. A minha opinião geral dos heteros é que são uns bimbos. E quando vemos um hetero jeitoso esperamos que mal abra a boca encarne um Cristiano Ronaldo, que nos deixa logo cheio de vómitos. Ele não era assim... tinha uma voz agradável, sorriu, agradeceu, foi simpático e deixou-me que nem uma gaja, cheio de múltiplos orgasmos.

Segunda 30-08

Menina... o pior tá para vir.
Cheguei ao meio dia, mandei os emplastros (afinal há um colega que me deixa chei da nerves) e fiquei sozinho na caixa. Mas afinal não é tudo um mar de rosa... os clientes são estúpidos, fazem compras de 100 euros e depois lembram-se que só têm 30 para gastar. Esquecem-se da carteira no carro. Têm um dialecto estranho e dificilmente perceptível. São indianos e levam doses industriais e dão-me cabo do juízo. Ou são simplesmente estúpidas.
Às 12h10 já estava quase a haver merda na minha caixa, já andavam clientes a querer bater num home que se tinha esquecido da carteira no carro e depois queriam-me bater a mim porque não anulei a compra.

Depois quando o emplastro voltou, por ser novo, está sempre a meter-se no meu trabalho e a mandar bitaites. Bitaites pouco úteis à sociedade. Chamou um chefe para vir à minha caixa e por causa dele eu levei nas orelhas... porque 'chamei' o chefe.

Os meus colegas são todos os bimbos da treta e honestamente eu acrescento algo muito interessante ao quadro dos funcionários: eu sou simpático e sorriu, embora muitas vezes esteja secretamente a desejar a morte a algumas pessoas. Ups.

Mas esperem pelo momento em que eu vi a luz...! Agora tenho de ir a Lisboa e não me quero atrasar!

26 agosto 2010

Cedi, finalmente...


É verdade, cedi finalmente, a sacar o filme 'do começo ao fim'... 

Para quem não sabe o filme vai passar no Queer Lisboa e portanto eu aconselho a ver em cinema. Por muito tempo desejei ir à sessão de abertura e poder vê-lo assim. Mas agora arranjei um trabalho e tenho todos os sábados ocupados e portanto é com enorme pesar que informo que estou neste preciso momento a sacar o filme e espero vê-lo ainda hoje. 

Não vou dizer onde trabalho nem nada. Apenas para segurança e para poder dar continuidade às magnificas crónicas a que acostumei algumas pessoas a ler, enquanto trabalhava no Pingo Doce.

Aproveito para informar, que o Queer Lisboa ocorrerá entre 17 e 25 de Setembro, no São Jorge, e que será uma boa oportunidade para verem filmes da temática LGBT.

11 agosto 2010

Surreal


Parece daquelas coisas que acontecem num filme do Senhor do Anéis, quando Sauron solta a maldade d'Olho...

Le Fil - The String


Ando à procura na net... sem sucesso.

09 agosto 2010

Reflexão depois das férias...

before you can fly, you have to be free

Seis dias depois, voltei do Algarve e acho que tenho de comprar um livrinho para criar uma espécie de diário. Na noite anterior à passada tive um sono bastante inquieto: acordei cansado, com dores de cabeça, porque não dormi nada. Entre a morosidade a adormecer devido à abundância de pensamentos e a quantidade de pesadelos ridículos, não dormi nada. Cheguei à conclusão que deveria começar a escrever o que me vai na alma antes de ir para a cama.

Até lá, aqui vai (escrevi isto antes de ir dormir numa folhinha de rascunho).

Quando fui para o Algarve com duas amigas, não estava só. Almoçava, jantava, ia à praia com companhia. Apesar de estarmos ligeiramente grogues devido ao cansaço, uma vez que dormíamos pouco para irmos para a praia, não estávamos sozinhos. Depois, voltei a casa, na sexta, e a minha primeira refeição foi sozinho. No Sábado a história repete-se. Ontem, no domingo, houve uma ligeira mudança... Eu, o meu irmão e a minha mãe almoçámos juntos. Ele, de trombas, não falava e eu não falava mais do que era necessário; a minha mãe saltava entre temas, um atrás do outro, a tentar manter uma conversa, cujo resultado não deve ter sido mais do que uma frustração do pior. Não sei porquê, já era habitual antes de ir para o Algarve almoçar e jantar sozinho, mas mesmo assim, quando voltei foi, para mim, um choque... o tão pouco interesse que mostraram. 

Sinto-me carente. Carente de afectos. Carente de sexo travestido. Ver um casal a trocar carinhos deixa-me no limbo, confuso entre a aceitação ou o desprezo/repugnância. Mas é escusado eu fazer parte de um casal: não sou livre e não posso voar. As coisas cá por casa não o permitem: nem para ir ao Algarve seis dias eles me deixavam... Ultimamente pergunto-me: o comming out é mesmo necessário, os nossos pais não preferem ficar na negação? 

No Sábado vi o filme 'A English Man in New York'. Deixou-me aturdido com duas perguntas e uma afirmação que o personagem, Quentin Crisp, fez: 

Como serias se não houvesse ninguém no mundo?
Quem serias tu se apenas a tua opinião importasse? 
Porque, para sermos felizes temos de ser essa pessoa.

A questão, é que a nossa opinião não é a única que importa... e eu não consigo desvendar o mistério.

07 agosto 2010

De volta...


Mas por hoje e amanhã vou aproveitar para descansar ;)