Confesso-me a fervilhar por dentro. Com a saída do meu irmão, a minha casa tornou-se numa pensão. Todas as tardes vêm cá lanchar dois, com um bocadinho de sorte três velhos. A minha mãe está farta, mas não é capaz de dizer que não e a mim não me incomoda, porque metade das vezes nem estou em casa. Trabalho, deambular, etc.
Tive um fim de semana cansativo. Muito cansativo, cada vez há mais trabalho e cada vez somos menos. Levantar muito cedo, trabalhar o dia todo, numa correria constante. Para chegar a casa e ter uma vizinha a passar a noite connosco. Tem sido isto quase todas as semana. Ora uma é porque o filho está agressivo e a ameaçou matar, a outra porque está a chover e tem medo da trovoada.
Portanto, hoje o meu pai convidou amigos para almoçarem em casa, depois de almoço foram embora, chegaram os velhos do costume, não quis saber porque ia correr... mas quando estava a chegar, quem é que estava também a chegar? A da trovoada! É que nem sequer está a chover, não há trovoada.
Portanto, quer uma pessoa descansar, recuperar energias para voltar ao trabalho, mas tenho a Pensão à pinha, cheia de gente, a falar, a entrar e a sair.
P.S. - É que é tão ridículo... que a minha mãe ontem foi desejar boa noite à vizinha e deu-lhe um beijo na bochecha. Eu que sou filho dela... não tenho tal tratamento!
4 comentários:
Acho que a vizinha da trovoada quer é outra coisa...
essas coisas são sazonais. passa com a trovoada, vais ver :-)
compreendo pelo que passas. Mas espero que a relação com a tua família melhore com o tempo. abraço
Já pensaste começar a cobrar bilhetes? Talvez ganhes alguma coisa com isso... ;)
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